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Portuguese

ID: <

10670/1.3ixxkb

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DOI: <

10.34117/bjdv6n12-186

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Where these data come from
Enfermeiros na graduação médica: experiências e perspectivas nas duas graduações / Nurses in medical graduation: experiences and perspectives in the two graduations

Abstract

Nas Faculdades de Medicina encontramos profissionais já graduados em diferentes áreas retornando para uma segunda graduação. Nesse grupo, predominam os enfermeiros. É frequente haver opiniões contrastantes sobre a atuação de enfermeiros e médicos no tocante ao envolvimento desses profissionais no atendimento prestado aos pacientes: há uma percepção dominante que enfermeiros estão mais envolvidos no cuidar enquanto médicos concentram-se principalmente na doença, tanto no seu diagnóstico quanto tratamento, deixando muitas vezes em segundo plano a atenção à pessoa que atravessa o processo de adoecimento. Através da experiência de enfermeiros que atualmente cursam a graduação em medicina procurou-se conhecer as motivações que fizeram com que esses profissionais buscassem uma segunda graduação com mais seis anos de estudos bem como os desafios por que passam. Analisar as diferenças percebidas por eles nas duas graduações poderia ajudar no entendimento das diferentes formas predominantes de atuação entre enfermeiros e médicos na prática profissional. Foram entrevistados 10 enfermeiros que atualmente encontram-se entre o 2º e o 9º período da graduação em medicina em uma universidade privada, 7 mulheres e 3 homens, variando de 28 a 39 anos. Seis desses alunos tinham auxílio financeiro através do FIES e cinco mantinham atividade profissional concomitante aos estudos. O desejo de cursar medicina já existia em três deles antes mesmo do início da graduação em enfermagem enquanto nos demais esse desejo só se manifestou após o final da graduação, principalmente em busca de uma maior valorização profissional tanto do ponto de vista de reconhecimento por parte dos pacientes quanto financeira. O médico é percebido como um profissional muito valorizado, aparecendo numa posição superior em relação aos demais profissionais de saúde tanto nos espaços hospitalares quanto na sociedade. A percepção da enfermagem como uma profissão sem o reconhecimento esperado pela sociedade foi constante entre os entrevistados e o sentimento de que na graduação em medicina há um conteúdo muito extenso e que privilegia os aspectos técnicos do atendimento foram também frequentes. O tempo dispensado ao paciente parece ser um fator primordial para o estabelecimento de uma relação que vá além do diagnosticar e tratar, e que possa voltar um pouco mais o olhar médico para o cuidar. A extensa carga horária e de conteúdo parece diminuir essa disponibilidade de aproximação com o paciente dificultando a expressão de um cuidado que possibilite uma maior expressão das subjetividades dos sujeitos envolvidos. Um contato mais efetivo da equipe de saúde multiprofissional pode contribuir para uma ampliação da atuação médica e um maior contato entre diferentes cursos de graduação poderia contribuir no processo formativo de profissionais que se valorizem mutuamente e que colaborem efetivamente para um cuidado mais integral ao paciente.

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