Article
Portuguese
ID: <
10670/1.5mv56a>
Abstract
O presente artigo busca refletir sobre as relações de “encontro de sociedades” entre indígenas e não indígenas na porção sul da Amazônia Ocidental brasileira, bem como discutir os projetos de desenvolvimento e as políticas de direitos humanos aplicados na região na década de 1950. Neste contexto, a discussão de fronteira, ambiente e sociedade é promissora, por não se tratar apenas das relações de fronteira, como consideração científica, em razão de outras possibilidades que perpassam a materialidade do Estado-Nação, visto que se inscrevem em questões econômicas, políticas e sociais interligadas a territorialidades com funções, processos e significados de apreensões territoriais e espaciais distintos. Numa região de fronteira econômica, os recursos naturais são considerados fartos é inegável a busca incessante para sua exploração por meio de mecanismos que sempre ou quase sempre resultam em “encontros de sociedade”, ou seja, entre os migrantes e as populações locais – no caso, as indígenas - sendo que tais “encontros de sociedades” são realizados por enfrentamentos, que em seu contexto é configurado em processo de resistência em contraponto a novas dinâmicas territoriais.