Article
Portuguese
ID: <
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Abstract
Este artigo centra-se na memória de António Ribeiro dos Santos e nas redes de sociabilidade do primeiro bibliotecário-mor da Real Biblioteca Pública da Corte. Na correspondência que mantém com outros sábios e eruditos, as regras de civilidade conjugam-se com o estilo de vida do académico e do bibliotecário. As redes de sociabilidade literária em que Ribeiro dos Santos se integra são nacionais e internacionais e não excluem a participação de mulheres cultas e eruditas. Relacionando alguns tópicos do debate de ideais que Ribeiro dos Santos sustenta, em privado e em público, salientamos o carácter pioneiro das suas reflexões sobre a moderação de penas judiciais e a abolição parcial da pena de morte em Portugal. Esta questão, sendo indissociável das grandes mudanças culturais trazidas pelo século das Luzes, permite compatibilizar o legado do utilitarismo jurídico moderno com o racionalismo humanista católico.