Article
Portuguese
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Abstract
O presente artigo resulta de um projeto de pesquisa realizado por um grupo multidisciplinar, composto por pesquisadores das áreas de Geografia, Agronomia, Economia, e Sociologia para atender a uma demanda da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) (Brasil) nos anos de 2006 e 2007. Dentre outros objetivos mais abrangentes, a pesquisa visou representar as diferentes escalas de atuação dos atores nos territórios rurais. Apresenta-se aqui as escalas de atuação dos atores em quatro projetos de desenvolvimento geridos por organizações sociais em quatro territórios rurais no Brasil - a Cooperativa Regional de Agricultura Camponesa (CORAC), Seberi, no território “Médio Alto Uruguai” - estado do Rio Grande do Sul; o Sistema de Cooperativas de Leite da Agricultura Familiar (SISCLAF), Francisco Beltrão, no território “Sudoeste do Estado do Paraná”; o Centro de Formação da Agricultura Familiar São José Operário (CENTAF), Silvânia, no território “Estrada de Ferro”, estado de Goiás e a Associação Frutivale, Datas, no território “Vale do Jequitinhonha”, estado de Minas Gerais. Entende-se que a metodologia das escalas geográficas de poder e gestão, aplicada aos estudos de desenvolvimento territorial, pode contribuir tanto para uma compreensão mais clara de como os territórios são geridos e quem são os atores que interagem no processo de desenvolvimento, quanto no planejamento das ações e dinâmicas territoriais. Isto permite observar-se as potencialidades e fraquezas do território. Estas podem ser desenvolvidas ou reduzidas respectivamene, de maneiras a fomentar o processo de desenvolvimento territorial. Ela pode, portanto, servir como um instrumento para ações de planejamento e dinâmicas territoriais. A identificação dos atores e das escalas de poder e gestão nos territórios rurais foi realizada mediante a aplicação de entrevistas com roteiro semi-estruturado a lideranças de projetos de desenvolvimento.