Article
English, Spanish, Portuguese
ID: <
oai:doaj.org/article:1efae24f00624f52b93fdd1b0b819e8e>
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DOI: <
10.4025/actascilangcult.v39i1.31383>
Abstract
Este artigo apresenta uma leitura comparatista dos guias de viagem Lisboa: o que o turista deve ver (1925), de Fernando Pessoa, e Guia de Ouro Prêto (1938), de Manuel Bandeira, sob o prisma dos estudos em literatura e turismo. A leitura destaca a intenção autoral de cada um dos textos, associando-os ao contexto histórico e cultural no qual surgiram e às manifestações políticas pretendidas – visto serem esses guias não são só obras do modernismo, mas também expressões nacionalistas em busca da afirmação da identidade nacional. Adicionalmente, o artigo situa os guias de Pessoa e de Bandeira no panorama da historiografia do turismo e da literatura, quer em Portugal quer no Brasil, e sublinha o facto de haver em ambas perspetivas uma releitura das cidades, uma criação de mitos e um estímulo a um olhar atento – entre o plano da ficção e o do real – sobre os espaços citadinos de Lisboa e Ouro Preto.