Este texto introduz algumas ideias sobre o movimento como noção na arte, e num trama de conexões nem sempre explícito, apresenta os artigos organizados no dossiê "Sensações cinéticas: Palatnik e o movimento como tema na arte". O movimento como tema artístico na obra de Palatnik, e seu resgate no contexto da arte cinética marcam uma primeira afeição, detectada há muitos anos, e aguçada após um encontro prolífero com a pesquisadora Marjolaine Beuzard. Ao londo do contato com a pesquisa de Marjolaine, a 'sensação cinética' torna-se densa e plural. Ela se dilata incorporando questões em torno da temporalidade da imagem, das origens da imagem em movimento e de suas possibilidades de edição, da imagem cinematografia e sua formas expositivas, mas também da imagem de síntese e dos dispositivos computacionais conhecidos como mídias localizadas. Sem pretender esgotar a temática do movimento, são sugeridas algumas abordagens que potencializam as sensações cinéticas como caminhos de reflexão.