Article
English, Spanish, Portuguese
ID: <
oai:doaj.org/article:64873f5fc99248c38a8fa577f784bca2>
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DOI: <
10.5007/2175-795X.2021.e67713>
Abstract
Este estudo analisa a inserção histórica da mulher no mercado de trabalho e sua relação com a educação. Discute a persistência da desigualdade de gênero entre homens e mulheres no Brasil e o longo caminho a ser percorrido, em direção à superação deste fenômeno social, especialmente, quanto às dimensões étnico-raciais que desafiam os modos de vida de mulheres afrodescendentes. Faz uso de pesquisa bibliográfica e documental, abordando três aspectos principais: 1) a questão da divisão sexual no mercado de trabalho, que engloba as desigualdades de gênero no uso do tempo para dedicação à profissão, aos cuidados com a família, a imposição de múltiplas jornadas de trabalho; 2) a relação entre conquistas nas trajetórias educacionais e atuação no mercado de trabalho, especialmente, nos embates de inserção das mulheres na profissão docente; e, 3) a necessidade de políticas públicas que incentivem a participação equitativa de mulheres no mercado de trabalho. Os resultados evidenciaram a necessidade de políticas públicas baseadas em princípios de transversalidade, intersetorialidade e interseccionalidade, visando distribuição de competências (políticas, institucionais e administrativas) com foco no aumento das redes de fortalecimento da autonomia econômica das mulheres via escolarização e participação no mercado de trabalho, sem obliterar que existem especificidades para mulheres afrodescendentes, lésbicas, rurais, dentre outras.