Article
English, Portuguese
ID: <
oai:doaj.org/article:7477ae37877d4e0d97e43b3162b7436e>
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DOI: <
10.5007/2175-8026.2021.e78590>
Abstract
O presente artigo tem como objetivo discutir as relações entre memória e literatura no texto autobiográfico a partir da inserção do conceito de equívoco de memória. Assumindo o diálogo como forma de provocação, procuro responder algumas questões acerca das características do que chamo equívoco de memória, conceito forjado com base nas ideias de perspectivismo Ameríndio e de equívoco controlado, ambas desenvolvidas pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. A leitura que defendo encara o texto autobiográfico como sendo constituído por um processo de intensa alteridade, de diferença e não de semelhança, e o seu autor como um tradutor do passado, cujo trabalho se torna legível somente por meio do equívoco.