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Portuguese
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Abstract
O presente trabalho parte da hipótese já defendida por outros autores de que a quebra do tradicional sistema de partidos da Bolívia na década passada guarda pouca relação com fatores institucionais do controverso presidencialismo parlamentado boliviano, e mais com a baixa capacidade de representação do pacto de partidos que governou o país desde a redemocratização nos anos 80; os quais se alternavam no executivo pela governabilidade. A conjuntura levou ao limite as mobilizações sociais lideradas pelo MAS e pela esquerda por uma renovação política com forte caráter identitário. Para tanto apontaremos as principais características do presidencialismo boliviano vigente até 2009 e as forças presentes no funcionamento e na quebra do sistema partidário pós-redemocratização, através de dados secundários e do debate acadêmico. A segunda hipótese defende que há novas influências na dinâmica de decisão do Estado entre a política institucional e a sociedade civil. Assim, o trabalho caminha para um panorama das atuais correlações de forças em nível nacional; O MAS e os movimentos sociais num primeiro plano, e o atual sistema de partidos com menor preponderância, indicando as transformações gerais na dinâmica do sistema político.